Cynthia Costa, aluna do 7º Período de Direito, participou como membro da Defensoria Pública, no Simulado
Compreender conceitos é essencial para a formação de alunos em todos os níveis e instituições de educação. O embasamento teórico torna qualquer atividade mais construtiva e fundamentada mas as atividades práticas são igualmente fundamentais para a introdução dos estudantes nos mecanismos e exercícios do mercado de trabalho. Pensando nisso, professores e alunos do curso de direito da UFRN, em Natal, vem realizando diversas atividades com o objetivo de aprimorar a formação com novas experiências.
É o caso do professor Walter Nunes, do Departamento de Direito Processual e Propedêutica (Depro) que enxergou como oportunidade de ensinar os conceitos da disciplina “Direito Processual Penal II” a realização de um júri simulado, atividade de organiza todo semestre. Ele explica que “A capacidade de apreensão de aprendizagem é muito maior, porque o aluno recebe a teoria e vê como ela pode ser aplicada em casos reais”. (Clique aqui para assistir ao simulado)
Nas simulações realizadas nas atividades da disciplina, os alunos têm a oportunidade de experimentar todos os passos da elaboração de um processo penal real, desde a denúncia até a realização do júri. Eles são divididos entre membros do Ministério Público, defesa e poder judiciário.
Para a aluna Ciynthia Costa, do sétimo período de direito que participou no simulado com membro da defensoria pública, o trabalho extrapola os limites da sala de aula. “Muito além da parte teórica onde aplicamos os nossos estudos, a gente se preparou: nós vimos júris, vídeos a respeito, nós entendemos como era feito o processo do Tribunal do Júri na íntegra e assistimos às sessões”, relata.
Já Karielson Fernandes, aluno do sétimo período de direito, ressalta que o júri simulado prepara o profissional para o mercado de trabalho. “Nesse tipo de atividade, a gente trabalha, além de todos os procedimentos para montagem do processo, podemos treinar a oratória e poder de persuasão, elemento essencial na atuação dos profissionais do direito”, destaca.
Outras atividades realizadas de forma obrigatória são as “Práticas Jurídicas”. Ofertadas nos últimos quatro períodos do curso, os alunos atendem à população carente da capital potiguar e prestam apoio jurídico nas áreas de direito da Família, direito Sucessório e do Consumidor, através do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade.
Alunos participam de simulado no Pleno do Tribunal de Justiça do Estado
PSimulação de Tribunais Constitucionais
Além das atividades em sala de aula, o curso de direito da UFRN também realiza ações que proporcionam práticas de ambientes jurídicos. É o caso da Simulação de Tribunais Constitucionais (STC), projeto de extensão realizado há 13 anos, que simula atividades do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Tobias Bezerra, aluno do 8º período do curso de Direito, a Simulação é uma vivência única, no curso. “O projeto ajuda o aluno não só a receber a informação jurídica dos professores, mas também tem um ganho intelectual jurídico na elaboração das peças e na desenvoltura da oratória desempenhada no dia da simulação”, destaca.
Na edição deste ano do STC 14 alunos participarão diretamente do debate. Eles foram selecionados no início do ano. Dez deles atuarão como ministros da Procuradoria Geral da República (PGR) e Advocacia Geral da União (AGU). Outros quatro participarão como “Amigos da Corte”, representando a Associação de Juízes Federais.
O advogado Silvio Mayrone, formado em direito pela UFRN, passou pela experiência da STC e destaca que a atividade “ajuda a desenvolver habilidades com oratória, poder de persuasão e convencimento em um diálogo, e no caso da, STC, tem um diferencial por tratar de matérias que são próximas da realidade do curso de direito, da esfera constitucional”.
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Reportagem: Jeferson Rocha e Guilherme Arnoud
Fotos: Jeferson Rocha e Augusto César Bezerra
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