Por: Jeferson Rocha/CCSA
Em um mundo globalizado, vivenciar e estudar em diferentes realidades ajuda a ampliar horizontes e dar um salto na carreira. Com esse pensamento, alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) vêm experimentando a Mobilidade Internacional, uma oportunidade de estudar em instituições de ensino superior de outros países a partir de convênios com Universidades.
Para gerenciar esse tipo de intercâmbio, a UFRN conta com a Secretaria de Relações Internacionais (SRI) que existe desde 2007 e ajudou mais de 1800 alunos a participarem de programas como o de cooperação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Programa de Bolsas Luso-Brasileiras do Santander; Programa de Licenciaturas Internacionais, financiado pela CAPES e organizado pelo Grupo Coimbra de Universidades Brasileiras; e o Programa Ciência Sem Fronteiras (CSF).
Giovanni Begossi é um exemplo das ações de internacionalização da Universidade. Estudante do sexto período do curso de Direito do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA/UFRN), ele foi aprovado em uma seleção interna e contemplado com uma bolsa de intercâmbio para estudar na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), em Portugal no ano de 2016.
Para Giovanni Begossi, o intercâmbio contribuiu para ampliar a sua formação. “Tive a oportunidade não só de prosseguir com os estudos jurídicos em áreas estratégicas para meu futuro profissional como advogado, como Direito Constitucional, Filosofia do Direito e Inglês Jurídico, mas também de adquirir conhecimentos de outros campos interessantes, como Negociação Internacional, Oficina de Teatro e Língua Alemã”, registra.
Além de conhecer novas estruturas acadêmicas, a vivência em outro país foi uma oportunidade de crescimento pessoal e cultural: “A experiência de morar sozinho foi muito enriquecedora, o que exigiu autonomia e responsabilidade. Além disso, viver numa cidade global tem a vantagem de possibilitar o convívio com pessoas de diversas nacionalidades e culturas, dentre as quais estão amigos que levarei para a vida”.
Já a aluna Maria Alice Freitas, estudante do 4º período de Contábeis do CCSA que estudou em Portugal em 2015, acredita que o intercâmbio ajuda a ampliar oportunidades profissionais: “O aluno volta com experiências totalmente diferentes que podem agregar no seu meio acadêmico, o que para mim é o mais importante. Além disso, às vezes o fato de morarmos em uma cidade pequena não nos faz ter essa noção, não só da quantidade de tipos de trabalhos diferentes, mas também do fato de que podemos nos internacionalizar, ou seja, termos um mundo inteiro com oportunidades”.
O professor Aderson Nascimento, Secretário Adjunto de Relações Internacionais (SRI) da UFRN, acredita que esse tipo de experiência enriquece a formação do aluno e a Universidade. “O intercâmbio proporciona uma forma de conhecimento que não está necessariamente aqui na instituição. O aluno quando vai para fora do país, ele muda a forma de enxergar o mundo através da prática e, quando ele volta, suas atitudes interferem na maneira do nosso fazer universitário, e assim, crescemos juntos”, afirma Aderson.
Oportunidades
A Mobilidade Internacional possibilita que o aluno participe de atividades que, muitas vezes, não acontecem no país de origem. É o caso de Giovanni Begossi que aproveitou a estadia em Portugal para participar da primeira Simulação da Conferência Internacional do Trabalho realizada pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC), tendo como público-alvo os estudantes de Relações Internacionais.
No evento que aconteceu em novembro de 2016, Giovanni pôde participar de debates sobre os desafios do presente e do futuro do trabalho e ainda conseguiu conversar com o Diretor-Geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder. “O diferencial desta simulação é que nossas contribuições serão efetivamente levadas em consideração como parte de um processo que culminará em uma Declaração do Centenário da OIT, em 2019, o que traz para outro nível tanto a responsabilidade quanto a motivação dos estudantes em fazer um excelente trabalho”, destaca Giovanni.
Outra oportunidade aproveitada por Giovanni, em Portugal, foi a possibilidade de ensinar: “Com o apoio da Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (APEB/Coimbra), comecei a ministrar um curso de comunicação e debate, o que tornou possível a prorrogação até janeiro de 2017”.
Já Victor Hugo Roque, publicitário e aluno do 3º período do curso de Administração, aproveitou o intercâmbio através do Programa Ciências Sem Fronteiras, nos Estados Unidos, para produzir um vídeo de curta-metragem com experiências de diversos intercambistas brasileiros contemplados com o programa. A produção foi exibida em mostras de cinema em Natal e em programas de TV e está disponível no link: https://goo.gl/frvIti.
Relações Internacionais
A UFRN conseguiu realizar 49 Mobilidades Acadêmicas Internacionais, somente em 2016. Os bolsistas são financiados a partir de convênios com a CAPES, Santander (bolsas Ibero-Americanas, Luso-Brasileiras e Fórmula Santander) além de acordos entre Instituições de Ensino Superior de outros países.
Os editais de intercâmbio e outras informações sobre mobilidade acadêmica na UFRN estão disponíveis no site www.sri.ufrn.br ou podem ser consultados na sede da SRI que funciona no prédio da Reitoria, ou ainda pelo (84) 3342-2271.
Fotos: Arquivos Pessoais de Maria Alice Freitas/Giovanni Begossi
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