Visando a segurança da comunidade acadêmica do Campus Central, a Superintendência de Infraestrutura da UFRN (INFRA), em conjunto com a Coordenadoria de Serviços Urbanos (CSU) iniciaram o ano de 2017 com mais uma ação de supressão de eucaliptos com o objetivo de evitar acidentes devido às quedas repentinas da espécie.
No dia último dia 2 de janeiro, aconteceu o primeiro sinistro quando um eucalipto tombou sobre a parada de ônibus, no Setor V. Felizmente, não houve vítimas devido à pouca movimentação de pessoas dentro do Campus durante o recesso.
Após inspeção da equipe da Diretoria de Meio Ambiente (DMA), a retirada das árvores restantes foi definida, por apresentarem, nas suas raízes, desgaste semelhante ao que tombou. Um total de 12 árvores foi suprimido. No momento, a equipe da Superintendência está trabalhando para retirada dos troncos e raízes. Para cada árvore suprimida, uma muda de espécie nativa será colocada no lugar ainda no mês de fevereiro.
A mesma ação foi realizada no dia 05 de janeiro para remoção de 6 eucaliptos que se encontravam entre o Centro de Biociências (CB) e o setor 3. Segundo o biólogo da DMA, Bruno Rafael, um dos fatores que determinou a ação foi a proximidade das árvores com um local de fluxo frequente de pessoas. Para os próximos dias, outra ação de supressão está prevista para retirada de 31 eucaliptos localizados em frente ao ginásio do Campus. Estas árvores apresentam risco à rede de energia, visto que suas estruturas – galhos e troncos – estão caindo por cima dos fios de alta tensão.
Bruno Rafael relata que “dos 7 tombamentos que ocorreram dentro do Campus, em 2016, 4 foram de eucaliptos”. O biólogo explicou ainda: “o que contribui para que ocorra o sinistro dessa árvore, em especial, com maior frequência, é o fato de, além de tratar-se de uma planta exótica, ou seja, não possuir características próprias para nosso solo de duna, essas árvores já estão com uma idade considerada avançada, média de 30 anos.
Em 2016, todos os tombamentos de eucaliptos aconteceram no final de semana, o que, de certa forma, evitou a ocorrência de acidentes envolvendo a comunidade, devido ao baixo fluxo de pessoas nesse período. Apesar da ação preventiva sistemática da equipe da DMA/CSU, não é possível evitar 100% das possibilidades de sinistro. O eucalipto, diferentemente de outras árvores, pode ir ao chão como uma alavanca, sem apresentar, antes, os sinais que indiquem sua instabilidade.
SOBRE O EUCALIPTO (EUCALYPTUS SPP.)
Com origem nas ilhas da Oceania, o eucalipto chegou ao Brasil em 1903. O engenheiro Navarro de Andrade trouxe as mudas para o plantio, devido à rapidez e à facilidade que a planta possuía para crescer. O manejo inicial ocorreu no sul e sudeste do País. A madeira era utilizada para dormentes das estradas de ferro e produção de carvão. No decorrer dos anos, a espécie foi sendo plantada por todo o território.
Responsável por guiar a equipe na retirada das árvores, o jardineiro Sidney Oliveira Ferreira afirmou que tudo é aproveitado do eucalipto: “após o corte, é feita a separação das folhagens que serão utilizadas para auxiliar na compostagem; os troncos serão cortados e transformados em bancos e/ou na formação de novas trilhas ecológicas dentro do Campus”.
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte conta hoje com cerca de 75 árvores da espécie Eucalyptus spp.– dado atualizado em 09 de janeiro de 2017, pela equipe da Diretoria de Meio Ambiente da UFRN.
> Atualizado do texto de Anderson Galvão e Jô Carvalho (http://www.meioambiente.ufrn.br/?p=38045)
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