Já pensou em usar a pintura como inspiração para seu Mestrado e Doutorado? É o que o professor Miguel Moreno Anez, do Departamento de Ciências Administrativas da UFRN (Depad), vem propondo aos seus alunos. Desta vez, as obras ficaram expostas no hall do Núcleo de Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas (Nepsa).
Baseada em artistas como Leonardo da Vinci e Pablo Picasso, a metodologia exige dos discentes o estimulo da criatividade. Eles precisam traduzir, em forma de pintura e utilizando somente as cores primárias, seus sentimentos sobre a produção de sua tese ou dissertação. Assim, diz o professor, “é garantida a inspiração para desenvolver seus trabalhos finais”.
Para o aluno Gilson Gomes a atividade foi bastante enriquecedora. Inspirado no quadro “A noite estrelada”, retratou as noites em claro de estudos. “A gente deixa bastante de lado a família que perde a presença da pessoa. Mas a pintura aflorou minha curiosidade e me fez perder o medo, me ajudando a enfrentar essa fase e desenvolver melhor as atividades”, registra.
Este sentimento é unânime. A professora de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairí (Facisa) e doutoranda, Thayse Hanne, define a atividade como libertadora. Já Anne Carvalho concorda e confirma que a ação abriu a mente para coisas que ela não conseguia enxergar quando estava muito focada.
Associar a arte à criação da obra intelectual e científica na administração pode não ter sido uma tarefa fácil, mas o potiguar e artista plástico Eri Medeiros, convidado para a exposição, gostou do resultado das obras: “Usar as cores primárias fez com que o trabalho ganhasse um recurso de artista profissional. Tá bem maduro”, elogia.
A expectativa, agora, se volta para os próximos anos de pós-graduação e trabalhos finais. Mas só de ver o empenho dos discentes surge um sentimento de que as produções acadêmicas serão grandiosas.
Reportagem: Brena Queiroz
Foto: Jeferson Rocha
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