Conferência discute a história do movimento LGBTQIA+

Em tempos de conservadorismo moral, nada como a história para ensinar e inspirar as resistências do presente. Esse é um dos temas de debate do lançamento do livro Movimento LGBTQIA+: Uma breve história do século XIX aos nossos dias, atividade que engloba uma série de atividades desenvolvidas na UFRN com a participação do professor Renan Quinalha (Unifesp), autor do livro e referência nacional em estudos que envolvem as sexualidades dissidentes. A cerimônia acontecerá no dia 2 de setembro, às 15h, no auditório do Centro de Educação (CE/UFRN), e as inscrições podem ser realizadas pelo Sigaa.

A atividade se baseia na sistematização de anos de estudos e elaborações em torno da temática da diversidade sexual e de gênero que Quinalha compartilha em seu livro, bem como em reflexões teóricas e historiográficas com o objetivo de atingir um público interessado no universo LGBTQIA+. Além disso, serão propostas discussões acerca de políticas públicas direcionadas à comunidade LGBTQIA+ do Rio Grande do Norte, principalmente nas áreas de saúde e educação.

A conferência busca construir uma série de conversas e reflexões sobre as desigualdades de gênero, sexualidade e raça no Brasil, buscando formas de ação junto à comunidade para combater tais desigualdades. “Abrir o panorama do movimento LGBTQIA+ no Brasil significa corresponder às demandas sociopolíticas que compõem a história de luta dessa parcela da sociedade que clama por atenção desde a década de 60″, diz Paulo Roberto Souto Maior Júnior, responsável pelo evento. 

Ainda de acordo com Paulo, as construções que compõem o livro Movimento LGBTI+: Uma breve história do século XIX aos nossos dias, objeto de debate do evento, fazem com que os participantes avancem na compreensão de que a existência social é um ato político e que, a partir dessa conscientização, o projeto de disseminação do respeito às lutas da comunidade LGBTQIA+ está cada vez mais próximo da realização.

Paulo também mencionou que é imprescindível desconstruir os estigmas da sociedade em torno das lutas da comunidade, pois questões como homofobia e transfobia são uma responsabilidade social conjunta e não apenas das partes prejudicadas. Por isso, é de extrema importância que todos busquem participar 

O evento é organizado pelo Programa de Pós Graduação em Psicologia, Observatório da População Infantojuvenil em Contextos de Violência, Centro de Educação, Grupo de Estudos e Pesquisas, História , Educação e Diversidade, Observatório das Desigualdades  e Departamento de Administração Pública e Gestão Social (CCSA/UFRN).

Por Ana Beatriz Vilar de Agecom/UFRN com atualização da Asscom CCSA/UFRN

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