Feminicídio, violência doméstica, patriarcado e igualdade de gênero são temas de estudo do Grupo de Pesquisa Direito, Estado e Feminismos (DEFem), vinculado ao Departamento de Direito Público (DIPUB/UFRN). Formado por estudantes de graduação e pós-graduação em Direito da UFRN e outras instituições de ensino superior, o projeto está com processo seletivo para novos integrantes, com inscrições abertas até o dia 3 de agosto. Ao todo, são 20 vagas disponíveis.
Além de responder ao formulário on-line e anexar o link do Currículo Lattes à inscrição, o candidato deve redigir uma carta de intenção, a fim de demonstrar o interesse em participar da seleção, respondendo também às perguntas: por que você deseja participar do DEFem? Para você, qual a importância de fazer parte de um Grupo de Pesquisa? Por que você pretende estudar Direito e Feminismos? Dentro da temática de direito e feminismos, qual tema chama sua atenção? Em que instituição de ensino você estuda Direito e qual o seu período na universidade?
Nos dias 10 e 11 de agosto, a segunda etapa do processo seletivo acontece via Google Meet: a entrevista com a comissão avaliadora formada pela professora coordenadora do DEFem, Mariana de Siqueira, e por outras pesquisadoras atuantes do grupo de pesquisa. No dia 7 de agosto, a ordem sequencial dos entrevistados e os horários das entrevistas serão publicados no perfil do Instagram do DEFem. A ausência do candidato no horário determinado leva à desclassificação automática da seleção.
Mariana de Siqueira explica que o DEFem elabora pesquisas sobre temas voltados ao Direito e aos feminismos para contribuir com o desenvolvimento do conhecimento científico dessas áreas. “No grupo, são investigados assuntos específicos, artigos são escritos e publicados. Também objetiva demonstrar onde, de que forma e com que frequência o Direito é produzido, reproduzido e interpretado a partir de marcadores de gênero”, explica. Entre as linhas de pesquisa estão: Ativismos e participação das mulheres na política; Criminologia feminista e mulheres no cárcere; Direitos sexuais, reprodutivos e direito à saúde da mulher.
“Compor a equipe do grupo de pesquisa é uma ação com enorme potencial de modificar a trajetória acadêmica do estudante para melhor. São aprofundados saberes e apreendidas técnicas de pesquisa”, fala a coordenadora do DEFem. O grupo publicou, em março de 2022, dois volumes da obra Direito, Estado e Feminismo, disponíveis na Amazon, os quais reúnem 38 artigos produzidos pelos integrantes. Mariana conta que, durante a semana de lançamento, as coletâneas ficaram entre os livros jurídicos mais vendidos na plataforma.
Construído coletivamente, de acordo com Mariana, o grupo também é um espaço de acolhimento e autoconhecimento relativos às vivências individuais marcadas pela perspectiva de gênero. Vale lembrar que há a possibilidade da participação de estudantes de outros estados do país. Os candidatos selecionados atuarão no novo projeto do DEFem Observatório de Violência Política contra as Mulheres, que tem como foco de estudo o período eleitoral de 2022. Para saber mais sobre o processo seletivo, acesse o edital.
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